O Blues tem rosto

sábado, 7 de junho de 2008

Quantos, ei, pobre homem! Já ouviu?
Caminhou pela noite e sentiu dor...
Chorou pra não falar de seu amor...
Guardou no peito aquilo que sentiu?
Foi com seu, puro, olhar que a flor sorriu
Viu que Ela era música, gesto e odor
Sentou no chão, simples, alma e Calor
Pegou o lápis, som que ninguém ouviu
Foi seu primeiro blues, vinte e seis
Pela estrada, moto e vinho, sua fé
Percorreu o mundo, restou-lhe boa voz
Face, pura dor, fez oitenta e seis
Sua velha guitarra, nobre, de pé
É digno em ser, canto, soul, feroz!
Leandro
Foto retirada de Reconstrucion.
*Soneto Alexandrino

0 comentários: