terça-feira, 2 de setembro de 2008
Tempestade num olhar que para, como nunca tivera, no fundo dos olhos de seu referencial e lhe diz, tenho medo, amo você, não sei o que fazer, estou triste, não vou chorar e se precisar estou aqui.
Voz que fala baixo, olha pro piso, não consegue pensar direito e finge não estar chorando a dor da dúvida e da tristeza de mais uma vez se sentir incapaz, impotente diante do terrível abismo que possa via a existir.
Olha pro nada, crianças felizes, bebê dormindo, tenta se alegrar, parece estar olhando a despedida dolorosa que nunca ousou sentir.
E engole a angústia, mas ela teima, e maior pavor do que já pôde sentir arrisca a assombrar teu pensamento, ele lembra daquele que mais sofre, e sobre aquele, ícone de vitória, exemplo e perfeição, foi-lhe impetrada a mais tortuosa das metáforas e condenações.
E as piores dores, dias em que a impotência diante da vida destroem sua existência, tiram-lhe o sentido e o faz perder seu caminho.
Por tão pouco ele disse as piores crueldades, ela teve medo, ele teve culpa, e a vida se mostrou mais feroz.
Que venha alguma primavera.
Voz que fala baixo, olha pro piso, não consegue pensar direito e finge não estar chorando a dor da dúvida e da tristeza de mais uma vez se sentir incapaz, impotente diante do terrível abismo que possa via a existir.
Olha pro nada, crianças felizes, bebê dormindo, tenta se alegrar, parece estar olhando a despedida dolorosa que nunca ousou sentir.
E engole a angústia, mas ela teima, e maior pavor do que já pôde sentir arrisca a assombrar teu pensamento, ele lembra daquele que mais sofre, e sobre aquele, ícone de vitória, exemplo e perfeição, foi-lhe impetrada a mais tortuosa das metáforas e condenações.
E as piores dores, dias em que a impotência diante da vida destroem sua existência, tiram-lhe o sentido e o faz perder seu caminho.
Por tão pouco ele disse as piores crueldades, ela teve medo, ele teve culpa, e a vida se mostrou mais feroz.
Que venha alguma primavera.
11 comentários:
E volto assim:
sem luz
nem poesia,
mais cru,
mais eu.
Que venham as primaveraas!!!
Abraços qrido!!
Que bom que voltou!!
Que venha alguma primavera. [2]
Que bom que você voltou. Mesmo que não seja tão feliz, que bom que é você de verdade quem está nessas palavras... É lindo o que você escreveu, apesar de intenso, triste, forte... Acho que esse sentimento de angústia é universal, todo mundo sente ou sentiu um dia. É por isso que é fácil ler e se identificar, e doer junto.
Que bom que vc voltou!
beijo
To tão feliz por sua volta...:)
Adorei o escrito...muito forte...
To lá postando, meia "tresloucada", mas ainda postando...
Bjs!
A ferocidade do medo. A ansiedade, a culpa. Sentimo-nos quase desolados. Cruéis. Ferozes. Nos mesmos poros, no mesmo coração, brota o amor. Surge a paz. Brota uma flor. Bem-vinda primavera!!!
Você voltou sem medo, Leandro. Escrever é isso mesmo. Não tem segredo ou meia medida. Você dá de cara com si mesmo e sai fazendo história. Que seja seu renascimento, falando mais de você, mas o que importa é que você tem as palavras e pronto... a primavera sempre chega.
E estarei sempre aqui pra ler seus textos.
Bjs...
Letícia
E acabei de perceber a quantidade de sentidos que tem no título... O canto do medo. Minha Nossa.
Que venha a primavera[3]
E que ela traga o Canto da Alegria! =)
Beijos
Cru? Sim. Cruz? Também. Nu e todo o resto. Mas não nú de poesia.
E bom. Muito por sinal!
Inté.
Ps: Tem bomba pra você no Re-novidade. Nem se importe em responder.
Inté![2]
Ah es
se nos
so olhar!
es
se nosso
olh
ar
tão bom
tão mau
E como diria a Zélia Palmeira, fiquei com uma inveja boa da boniteza do teu blog.
Força, meu caro.
A primavera já está quase chegando, mas algo me diz que ela já está no teu coração!
Beijo
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