terça-feira, 3 de junho de 2008
E os desejos adormecidos,
com um sopro do belo, acordam,
e trazem amores guardados,
da infância, da adolescência,
de algum caminho longo...
Sopro divino, renasce
o que esta no coração
do que somos, e daquilo
que nos construiu
Não são as palavras em si de Hey Jude
que trazem aquelas lembranças
é o som, o simples som daquela musica,
lembra-me Juliana, cloro, piscina...
O significado não importa
o que me toca, arrepia
são os gritos de Eco trazidos
de alguma memória do passado
Pode ser um sino,
o barulho de trem,
é minha avó...
O disco de Belchior
meu tio, cantor, saudoso,
alegre, elegante, no céu...
O jogo de damas, eita vô,
o chá da tarde, feliz, vovó,
a risada feliz, minha tia, Maria...
Sentados no céu, no eterno
de meu coração, na construção
de minha alma...
Que palavras são estas, que cheiros
são estes, gostos, cores, perfumes,
toques e olhares, sons do passado
e o amor, que sendo amor
será eterno, vivo enquanto
sabor, cor, odor, palavra, som, frescor...
Pode ser silêncio, quando se
deita na cama e o vazio é
possuído pela lembrança
do esquecido, a casa
do desejo, que se nutre
pelo símbolo habitante
no cotidiano,
que me possui,
enfim, naquele video,
na voz de Vinicius,
0 comentários:
Postar um comentário